Ode à Drumond
Mundo!, vasto mundo!,
não me chamo Raimundo,
não sou rima tampouco solução!
Mundo..., mundo..., vasto mundo!
O que seria de mim,
sem meu cérebro aguçado?!
Tenho isso sim, por quê?
Você nem imaginava,
também nem eu!
Mas sua majestática frieza,
desta feita se mostra a olhos vistos
e parece ser essa, a sua essência.
Sua discrepância errática
chega a me dar nó na guela
e frialdade na espinha;
dor no peito e gastura muita!
É a frigidez do seu querer: não querer.
Desdém que cavalga em min’alma,
pois que invadiu o meu corpo
e tomou posse como se sua casa fosse;
me deixou gélido de tanta agonia;
me trouxe puro e simples desalento.
Agora, como que sendo salvaguarda,
ignora minha antissepsia!
Mundo Raimundo,
esse vasto mundo meu,
que você julga ser pérfido!
Oh! Que formosa aparência tem a falsidade!