Efuturo: CAIPORA DA CATINGA DE YPSILÔ

CAIPORA DA CATINGA DE YPSILÔ

Acordei cedo e fiquei de vadiação, pelejando c’ua preguiça. U’a disvontade braba no juízo; u’a leseira sem conta; u’a vontade doida de nada fazer. Era u’a indolência tomando conta do corpo que já doía no cucuruto do quengo.
Mas tinha tomado u’as canjibrina na noite passada, que parece que entrou ruim! U’a dorzinha subindo do pé do pescoço e caminhando pra cumeeira da cabeça..., u’a queimação arretada na boca do bucho; um gosto de não sei o que, na boca..., ruim que nem a peste. Parecia inté que tinha comido sapo com farofa de sal. Tomava água..., e tomava água..., e tomava água..., a barriga mais cheia que a lagoa dos patos e o pote já secado e eu nu’a disvontade da peste de catar mais no tanque.
A vadiação tava muito da boa por toda a noite de bebedeira. Tomei tantas que nem sei quantas! Sei só que quando contei vinte, tava só no comecinho.
Era u’a mandrice da gota serena.


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