O tempo e a temperança
O tempo voa, como nas asas de pássaro cigano!
A vida passa com o tempo, como tem que passar.
Os ponteiros do relógio nunca se assossegam;
a areia das ampulheta persiste no ir e voltar;
as perguntas chegam e nunca trazem respostas:
somos nos mesmo que temos que cavoucar
e buscar na memória nossa, lá no fundão,
assim como nas memórias de outros muitos.
As vezes vem a pergunta nossa, mais íntima!,
que em uma determinada fase da vida, assusta:
O que eu vivi e construí, por todo esse tempo?
Vivi, de fato, todo esse tempo ou apenas vegetei?
Ou você imagina que eu não me refiz das desditas?,
apenas porque não criei asas tal ave peregrina?
Apenas não alcei voo cego, pois tenho certezas!
Não foi por receio de me perder nas tempestades;
não foi por medo de afrontar o dilatado do tempo
tal como é o difundido do tempo..., ou deveria ser.
Melhor ser concubinado com a temperança!
Melhor ser pleno sem ser piegas ou perfeito,
uma vez que o melhor da vida é o equilíbrio;
posso ser essência ou posso ser quimera:
puro e simples debuxo de substância nenhuma!
Em verdade, sou essas dúvidas sem feedbacks,
mas posso ser pleno de certezas límpidas
ou ter concepções boiando no demovimento;
até posso nem ser eu mesmo nessa coreografia.
A vida tem dessa coisas, que são coisas quaisquer!
Melhor ser só o carangaço que o tempo carreia!