Volúpia
Minhas mãos se enchem com os teus seios...
Minha boca se entorna em seus lábios mel...
Eu me sinto cheio de volúpia e lascívia!
Tomado por um desejo de muito encorpado,
descontrolado, quase..., que é tesão à flor da pele!
Você, de muito, se faz presente no meu corpo;
mergulha fundo na min’alma voluptuosa
e toma, de chofre, minha inteira consciência!
O que dizer de momentos assim?!,
onde o coração está acelerado e inquietado,
e é de todo impossível explicar com palavras;
são vazias e sem nexos, as falas todas.
Nada dizem da minha essência libidinosa!,
Que nada explícita, pois que a lascívia é mais intensa.
É mágico, é insano, é frutuário, é único,
é desarvorado de todos os sentidos,
esse estar entre suas coxas, tocando seu grelo...,
e cheio de sentimentos impudicos e intensos!
Seu cheiro, seus achegos, seu jeito descarado...,
me toca o amago e me chega ao âmago,
como se sendo de inteiro fulgor anímico!,
em gozos infindos: plenos do mais intenso prazer!
Que fazer, dessa minha desvairada
e despudorada perspectiva concupiscente?!
Me deixo tomar pelo seu desregrado fervor?!
Me deixo tomar pelo regalo do clímax?!
Pois que você me fascina, você de mim desfruta,
e sinto em meu cerne, seu corpo como forte brisa
que me abraça e que beija o inteiro de mim
em estrepitoso êxtase: lasciva e plena!