Sob medida
A sutileza do “gesto” é reveladora.
Revela mais que o olhar!
Mais ainda que a fala.
Por mais sutil e óbvia que seja a falação,
será esta, sempre, uma complementação...
Do “gesto”!
A palavra, mesmo sendo soberana veridicidade,
nunca se sobrepõe ao “gesto”... ao sinal... ao toque... a ação!...
A veracidade do “gesto” é mais eloquente...
envolvente... ardente... apaixonante...
Se nada pode ser dito para convence-la do óbvio.
Melhor um afago... um achego... um toque...
Um “gesto”!
Neste, sim!
Estão contidas mil falas!
Incontáveis palavras... indiscutíveis verdades.
O que dizem?!
Ah! o que dizem...
Deixe-se tocar que saberá.
Garanto que não machuca.
Se tem espinhos,
esses são de sutileza tamanha que
nunca serão causativos de dores.
Agora ou nunca!
É para sempre...
Sim! É para sempre.
Mesmo que deixe de ser, será eterno!
Opor-se ao “gesto” é violentar-se, aviltar-se...
O “gesto” está revestido de significações.
O “gesto”, por si só,
fala o que muitas palavras serão incapazes de dizer.
Agora... ou na mais longa eternidade.