FALSAS MEMÓRIAS
O escuro do sem lua,
esconde secretos amores
em silêncio sepulcral!
Memórias dos corpos,
que de muito não se unem.
Falsas memórias,
é o que mais semelha.
O escuro do sem lua
é por demais promíscuo,
no que que tange à verdade;
no que aparenta lídimo;
no que de vero tem só dor!
Mas como disso saber?!
O corpo tem memórias,
mas não tem juízo!,
que quer dizer intelecção,
pois que o coração é zureta!
Por vezes o coração é cego.
Com o escuro do sem lua,
fica o coração sem nada ver
e fica de tatear e acariciar
e tresloucadamente,
arma-se de artimanhas
e manhas e meios de falsear!
De criar memórias adulteradas.
De contrafazer o que é sensato!
De mascarar o que é gritante,
no calado do escuro do sem lua!