Pois-Zé!
E segue a vida! ...
Tremulando tal qual bandeira ao vento;
tropicando igual bêbado em final de festa;
cortejando as excelência todas,
com mesuram de beija-flor,
estalejando em piparotes de bufão,
igual bobo-da-corte de araque.
Mais parece mamulengo desconjuntado
sacolejando os braços, aspirando bailar salsa!
E segue a vida do pós-coito,
insurgindo seus pesares e desconsolos,
sorvendo desprazeres feito náufrago!,
desengolindo, quando não toleráveis.
Terá os mesmo sabores ácidos dos desgostos?
Será o mesmo que se afogar em aflições?
Trará alivioso estado de graça ao moribundar?
Estará mais formoso e mais célebre no finar-se?
Mesmo com toda fleuma, com toda neura,
com o pé no mundo e o olhar pra sina,
tudo o que é falso, toda calúnia, toda procura,
a mão na massa, essa fissura, toda censura,
toda mesura, todo tropeço, toda ingerência...
A vida segue, fatídica, insossa e tortuosa!
Lambisgoia, essa vida iguala ser!