ADEUSES SEM O ADEUS
Os bons tempos se foram co’ os de agora...
Tão frágeis que nós somos, de repente,
De um momento pra outro, sem demora,
Não ‘stamos mais no instante do presente
E ao passado já somos, foi-se a hora...
Desprevenidos, nunca em nossa mente
Tanto assombro atingiu-lhe, e vigora
Nesta vil pandemia persistente.
É quando na distância, intrometida,
Separa-me dos braços o afeto,
Nem candura de mãos me é permitida.
Assim sou submetido a um prospecto
(Pela ausência dos entes que são meus)
De morrer sem as bênçãos de um adeus.
Maximiliano Skol.
Abril, 2021.