MORTE
Morte... Como não ter-se medo dela?
Desde quando nasci, desde o começo
Percebo o teu espectro sobre a tela
Da vida; e, aqui, terei o teu tropeço.
Te vejo onipresente: não és bela,
Com tua onipotência não tens preço,
Vens de graça e vens pela janela
Como um ladrão e escolhes endereço.
Não me assusto contigo, afinal,
O destino te tens como fatal
E dele, escrava, exerces teu papel.
Mesmo sabendo a ti como cruel:
Se vens no tempo certo eu te aceito
De bom grado, por último, ao meu leito.
Maximiliano Skol,
janeiro, 2021.