RETORNO AO PÓ
Tempo de bilhões de anos já previa
O que sou... Em frustrados tantos anos
Cujo intento me fez a ser um dia
O eu predestinado e em cujos planos
Convivo com meus dias, sem magia,
Sem condigno valor; somente insanos
Pensamentos pululam na vadia
Mente no evoluir dos seus enganos...
De que adiantou todo aquele tempo?
Quando o que eu sou, aqui, na imperfeição,
E no inútil viver, em contratempo
Ao permanente – torno-me, outra vez,
Inexistente, vítimado ao chão,
Ao nada e ao pó que, um dia, me perfez.
Maximiliano Skol, 05/08/2021
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