PENSAR É EXISTIR
Uma ansiedade estranha sinto agora,
Não sei que causa tenha esta emoção.
Tentarei acalmar-me, vou, lá fora,
Ver a chuva escorrendo pelo chão.
Uma ansiedade estranha me apavora
Com uma insegurança, não sei, não,
Se é falta da higidez que eu tinha outrora,
Se é um vazio somente e sem razão.
Se essa angústia contém razões profundas
Ligadas ao passado, ou é recente:
Cuida tu, oh, minh! alma, não confundas
Como uma reação mais deprimente
A trazer-me o pior... Eu vou fingir,
Vou parar de pensar, não existir.