O AZUL BAÇO E TRISTONHO
É bem tardinha, o azul baço e tristonho
Diz-me que o pôr do sol hoje abortou
A vespertina glória à qual me ponho
A ouvir do coração o que lhe restou
De tantos sentimentos em que um sonho
Entreteve no palco o ator que ousou
Interpretar em mim um ser risonho.
E assim o coração mudo ficou.
E o pôr do sol tão triste na tardinha
Reverbera em minh! alma, coitadinha,
Sentimentos de frustra expectação.
Por, hoje, só lhe resta a confiança
De que outro amanhã e o sol trarão
Um poente falante de esperança.
Maximiliano Skol, 12/11/2021.