Quanto tempo teremos de futuro
Co-criador da “teoria das cordas” e defensor da existência de universos paralelos além do livro “Mundos Paralelos”, o físico teórico Michio Kaku escreveu outros dois que têm nos títulos a palavra futuro. São eles “O Futuro da Mente” de 2014 e o “Futuro da Humanidade” de 2018. Recomendo a leitura dos dois!
No primeiro, Michio Kaku viaja pelos avanços no campo da neurociência. Explora os conceitos filosóficos de consciência e alma. Mostra que a realidade está a poucos passos de alcançar a ficção. Imaginem a possiblidade de fazer o download da nossa memória e enviá-lo ao espaço. Filmar nossos sonhos em vídeos. Curar doenças como o Alzheimer. Quem se lembra do Uri Geller? Imitá-lo será possível a todos os humanos.
Com o futuro da mente vamos parar por aqui. Daqui em diante falaremos apenas sobre o que se lê no prólogo de “O Futuro da Humanidade”. Das certezas científicas, uma é que o planeta Terra deixará de existir. Será incinerado pelo Sol. Logicamente mais alguns bilhões de anos se passarão até que isto aconteça.
Em algum momento das cinco extinções em massa que já ocorreram 90% das espécies que viveram em nosso planeta foram extintas. Cedo ou tarde, chegará a vez da raça humana. Isto será realidade muito antes do planeta ser transformado uma bola ardente e fumegante.
Se por pura sorte os humanos forem salvos da extinção, teremos que fazer mais do que olhar para as estrelas. Teremos que alcançá-las. Escreve Michio Kaku: “Teremos de deixar a Terra ou perecer. Não haverá outra alternativa”. O livro foi escrito antes da Covid-19, mas para Michio Kaku mutações no Ebola ou no HIV poderiam dizimar 98% dos humanos.
Quanto tempo teremos de futuro até desenvolvermos a tecnologia necessária para levar uns poucos humanos no caminho das estrelas? Por milhares de anos o planeta tem se mantido calmo e estável. Além de manter sua multiplicação fora de controle, os humanos estão aproveitando esse tempo até para destruir o planeta.
Nem sempre foi assim. Não será assim para sempre. Michio Kaku inicia o seu prólogo citando um evento ocorrido há 75 mil anos. A erupção do vulcão de Toba. Da humanidade da época, apenas um punhado de humanos sobreviveu as consequências. Isto pôde ser contado pelo DNA quase idênticos dos humanos.
Em algum momento dentro dos próximos 100 mil anos será a vez do vulcão adormecido no Parque Nacional de Yellowstone acordar. Além de rasgar os Estados Unidos ao meio, o planeta será envolvido numa nuvem de fuselagem e detritos venenosos. Carl Sagan também sonhava com as estrelas como um plano B para os humanos. Creio que o plano A de o planeta ser uma sepultura é o único no futuro da humanidade.