A praga
Vem trotando a inocência
Como um cavalo de raça
Ignorando a indecência
Que insiste em querer domá-la.
Os odores lhes pertencem
Os perfumes maravilhosos
Os calores, as enchentes
Tudo o que se lhe adore
Cavalga, cabeça erguida
Imune aos arroubos sensuais
Que a indecência indevida
Infiltra pelos umbrais
Tem apoio e proteções
Disfarçadas e até etéreas
Tem todas as disposições
Sem parecer ser tão séria
Enquanto a indecência, firme
Resiste com os seus grilhões
Atacando a inocência
Com milhares de tentações...
Marcelo Gomes Melo