DEUSES EM OCLUSÃO
Oh! Justiça alquebrada que se esconde!
Oh! Sorte cruenta por asas doutas!
Mortiças vidas seguem avante,
com iniquidades que não são poucas!
Minazes togas sacrossantas,
em Deuses que elegem a mortalha!
Profusas dores em tétrico pranto;
sustando sonhos em vidas soçobradas!
Cesare Beccaria, que em 1764 escreveu o livro Dos Delitos e das Penas, onde influenciado pelas ideias dos filósofos Montesquieu, Diderot, Rousseau e Buffon, se colocava contra a tradição jurídica e invocava a razão e o sentimento. Atacava a violência e a arbitrariedade da justiça, (posicionava-se contra a pena de morte), esta pena não é baseada em direito algum, é, apenas, uma guerra considerada necessária contra um cidadão da sociedade; fora isto, ela nunca pôs fim ao cometimento de delitos. Este castigo tem menos efeito do que uma pena de longa duração; uma pena perpétua pode afastar o crime de qualquer cidadão. O que a pena de morte proporciona é um arrependimento fácil de última hora, a perpetuidade da pena daria uma comparação dos males praticados. Para finalizar, é dito que nenhum homem tem direito legítimo sobre a vida de outro.
Expressando-me em algumas frases, ratifico e corroboro a minha opinião! Nada nos engana tanto quanto o nosso próprio julgamento! Quantos inocentes, pobres e injustiçados, deverão morrer para que possamos ter a consciência da iniqüidade abominável que se esconde na eliminação da vida, pela sentença da pena de morte!
Você faz seu trilhar,
pelas escolhas feitas,
suas ações irão mostrar,
que sua bondade é bem aceita.
Sua sabedoria é a riqueza,
da relevância de estares aqui,
sua consciência é o que enseja,
o caminho que escolhes a ti.
Não existe homem tão bom, que submetidos todos seus pensamentos e ações à justiça, não mereça ser enforcado dez vezes durante sua existência. O ser humano possui uma linha tênue entre a moralidade e a perversão. Como dizia Schopenhauer, raspai a casca do homem civilizado e o selvagem aparecerá. É paradoxal, mas todo projeto de construção do ser humano carrega paradoxalmente a semente da destruição.
Oh! Veja ao seu redor!
Um mundo com tantas guerras!
É a rica indústria armamentista,
sepultando irmãos na terra.
Oh! Natureza de expiações!
Que impõe à vida muitas dores!
Fazem do paraíso o inferno de aflições,
pelo ganho aviltante destes impostores!
Olhe em sua volta!
Sinta a sórdida corrupção!
Somos seres tão corruptos!
Sem dignidade e retidão!
Ah, transgressões!
Guardadas em segredo!
Pecados não revelados,
que de pensar nos causam medo.
Nossos erros são inerentes na existência em pecado,
o ser humano infligindo atitudes em transgressões,
pensamos ser doutos, sábios e muito mais civilizados,
ocultamos nosso lado selvagem na impiedade das paixões.
Ah, imperfeições!
Que fazem-nos sentir culpados!
Crassos erros em evidência,
a mostrar caráter maculado.
Quantas injustiças praticamos,
de forma aviltante!
Cerrando os olhos para a verdade;
mentindo com desplante.
Oh, vida!
De tantos caminhos e atalhos!
Muitas vezes nos desviamos,
se comportando como sicários!
Juventude inocente sentindo a agonia,
erigindo o epitáfio pela tragédia em cena,
pesadelos e lágrimas em muitas famílias,
na triste realidade que agora acena.
A imperfeição humana é manifesta, e poderíamos expressar que todos os homens se enganam, mas só os grandes homens reconhecem que se enganaram!
A pena de morte é a hipocrisia que em homenagem ao vício, presta à virtude!
A civilização não suprime a barbárie: aperfeiçoa-a!
Se o homem é formado pelas circunstâncias; é necessário que essas circunstâncias formem humanamente o homem!
Oh! Famílias contristadas;
pelo vício de seus filhos!
A droga entronizada,
vai puxando o gatilho!
Onde foi que erramos?
Por o mundo estar insano!
Pelas drogas em epidemia,
que recrescem a cada dia!
Vidas fugazes!
Almas bandidas!
Maldades vorazes!
Famílias feridas!
Porque são heroínas?
Procuradas em sucesso!
Também a cocaína!
Alimentando o desconexo!
Vidas insanas!
Fúnebres pecados!
Morte é a sua gana!
Pranto é o legado!
Vivemos um mundo solapado,
por drogas lícitas e ilícitas,
o ser humano se vê torturado,
por suas fraquezas recidivas.
Mocidade em tentações,
de sentir o diferente,
se drogando por emoções,
na felicidade inconseqüente.
Vidas impiedosas!
Vontades assassinas!
Trevas criminosas!
Luto é a sua sina!
Menores em prostituição!
Latrocínios acontecendo!
O dinheiro é a razão;
do ser humano ensandecendo!
Olhai em vossa volta!
Verás mordazes hipocrisias!
As drogas tomando conta!
Procuradas noite e dia.
Oh! Infelicidade!
Que edifica a morte!
Que arranca da vida suas vontades!
Que põe o fel em sua sorte!
Aqui no Brasil, nossa Constituição, (uma das mais modernas do mundo), preceitua que, “ todos somos iguais perante a lei “. Uma frase linda e esplendorosa, que em nosso Brasil, encontra-se envolta em retórica, dissimulação e sofismas, pois , aqui o que vemos é a ostentação do poder econômico; de privilegiados, em que a lei não os atinge, pois, a iniquidade está arraigada na essência desta linda nação! O que vemos aqui é uma desigualdade social monstruosa, a qual é a grande desencadeadora da violência, crimes e atrocidades; pois como dizia o preclaro Rui Barbosa,” de tanto triunfarem as injustiças; crescer a desonra; agigantar-se o poder nas mãos dos maus; - O homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, e ater vergonha de ser honesto.” Pois, sim, aqui no Brasil, muitos dos que são adorados nos altares estão ardendo no inferno! O homem e suas demagogias, se fechardes a porta a todos os erros, é inevitável que a verdade também fique do lado de fora; pois, a pobreza incita a promiscuidades, desesperos e sublevações! Somos uma nação que conheceu o abominável, injudicioso e repugnante trabalho escravo no período colonial e imperial, mas é muito triste em saber que ainda existe o trabalho escravo contemporâneo, conquistado pela pobreza em razão da desigualdade social. Dados estatísticos do IBGE de 2020, mostram que 54% da população brasileira é negra. O povo com fome não ouve a razão, não se pacifica com a justiça, não cede à súplica!
Mãe África,
ajoelhada em rendição,
lacrimejando sorumbática,
o desterro da nação.
Filhos arrancados,
de tribos tão distantes,
negros sendo destratados,
em porões aviltantes.
Branco egoísmo,
cultuando injustiças,
pele escura sucumbindo,
pela escravidão submissa.
Raízes marginalizadas,
encontrando humilhação,
sua cultura desrespeitada,
sobreviventes em sujeição.
Raça negra castigada,
pelo abandono e segregar,
liberdade enclausurada,
condenação a lhes atormentar.
Alforria dissimulada,
destinando preconceitos,
fome não indenizada,
em subempregos nem sendo aceitos.
Negros em rejeição,
outrora em senzalas,
conhecendo a discriminação,
agora em penitenciárias.
O essencial é invisível aos olhos, e nossas virtudes são, muitas vezes, filhas bastardas de nossos vícios! (este é o ser humano, uma raça deveras arrogante!). A vida está cheia de infinitos absurdos, os quais descaradamente não precisam parecer verossímeis – pois são verdadeiros, haja vista, que sempre se ouvirão vozes em discordância, expressando oposição sem alternativa, descobrindo o errado e nunca o certo, encontrando escuridão em toda parte e procurando exercer influência sem aceitar responsabilidade. É mister sentir a empatia, sensibilidade, respeitabilidades às diferenças, e acima de tudo, deferência, acatamento, consideração e apreço ao cidadão; na humanidade que se deve ter por escopo e propósito, domar o homem, para obstar em sua essência a animalidade corrosiva e galvanizando o uso da civilidade, ancorada em seu equânime livre-arbítrio, sábio discernimento e enaltecimento da coletividade em prol do bem comum; sepultando o individualismo tão predador! Mas o âmago do ser humano está revestido de injustiças, desumanidades, insensibilidades e desamor, o que gera à formação das tacanhas e pífias paixões, estruturadas e sedimentadas, na ganância, egoísmo, ódio, vingança, animosidades, destruição e morte!
Por que negar a pena de morte?
Porque a vida é bênção divina,
e não somos Deuses em oclusão!
Para que injustiças não sejam assistidas,
pelos inocentes que morrerão na prisão.
Humana consciência abjeta e animalesca,
de paixões abomináveis e de ações tão dantescas!
Incruentas mágoas deixarão como legado,
cáusticas dores lembrarão sonhos pulverizados!
O que nossa natureza nos revela?
Que somos um campo minado!
Somos uma Caixa de Pandora!
Somos o pavio sendo detonado!
Somos a explosão que nos devora,
extinguindo uma nova aurora!
O que é a vida senão uma vitória temporária sobre o que causa nossa morte inevitável!
Já dizia o eminente Rui Barbosa: A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta. A justiça tardia nada mais é que do que injustiça institucionalizada! Oh! Quantas togas maculadas! Pois,o que dizer senão, que não se deixem enganar pelos cabelos brancos, que envergam a toga, pois, os canalhas também envelhecem!
Neste país continental, em que uma minoria, pelo bem próprio, manipula com o engendrar maquiavélico, tudo o que poderia ser bom, tornando-o pútrido e infame! Em que a pobreza e miséria são produtos desses senhores tão respeitados pelas mídias; às quais também se comportam com parcialidade, sem isenção, e desinformando através de matérias pagas ao preço de diamantes! Sim, a miséria é proposital, pois, dá lucro aos ricos ! A miséria para eles é necessária, para sustentar toda a classe privilegiada desses perversos parasitas!
Oh! Milionários egocêntricos;
que se servem dos miseráveis!
São desavergonhados e peçonhentos;
impondo a penúria e desigualdades!
Carros e mansões,
jóias e muito ouro;
o rico em sonegações,
fraudando com desdouro.
Soberbas em imponência,
o seus Deus é o dinheiro;
são hienas em prepotência,
pelo enriquecimento sorrateiro.
Não se importam com ninguém,
são egoístas por natureza,
furtam, roubam e dizem amém,
tem aversão e asco pela pobreza.
Em concordatas e falências,
o seu lucro é descomunal,
empresas falsas em evidência,
notas frias em conluio fiscal.
Corroboram com propinas,
subornando servidores,
são como aves de rapina,
são argutos astutos traidores.
Poder e ostentação,
arrogância e riqueza!
Tudo é ingente ilusão;
é o ego em sua pobreza!
Ignaras vaidades,
a mostrar o superficial,
esquecem que a simplicidade,
traz a candura espiritual.
Orgulho materialista,
com seus valores em inversão,
sistema frívolo e elitista,
em sua sórdida contemplação.
São ricos parasitas,
recrudescendo desigualdades,
por eles a nação é malquista,
usurpando-a com improbidades.
Já se provou a ineficácia da pena de morte, aos milhões de inocentes que sucumbiram perante a tirania e despotismo, que imperam em sórdido poder! A ressocialização do preso aqui no Brasil, é uma utopia; uma demagogia; uma hipocrisia, num sistema penitenciário já falido há mais de 80 anos. Temos prisões condenadas pelo anacrônico e retrógrado sistema penal! Hoje o preso é um relevante auxílio e arrimo a uma enorme classe de profissionais! É o sustento para juízes, promotores, policiais, advogados, serventuários, oficiais, agentes, etc.... , o preso acaba sendo um mantenedor de um sistema que emprega milhões e que se encontra agonizante e moribundo! Muito se ganha com os detentos, e que se encontram como carniça, ou carne se deteriorando, onde os abutres se locupletam com ardis, artimanhas e dissimulações em saborosos banquetes! Não se interessa neste país, algo que viesse ser benéfico ao ser humano; o que mais se interessa é consolidar o sistema penitenciário, como algo podre; pois, detento não dá votos!
Como posso não ser vil e maldoso,
se nasci do desamor insidioso!
Como posso não esconder meus segredos de horrores,
se meu viver é um teatro martirizando espectadores!
Mentes em descaminho,
em amizades perigosas!
Vontades em desatino,
formam gangues insidiosas!
Quantos espíritos na prisão,
aflitos e desesperançados!
Castigados pela escuridão,
sentindo o inferno ao seu lado!
Sucumbidos pelas grades,
que lhe ofertam humilhação;
veem a morte em toda parte,
ouvem os gritos da oclusão!
No cárcere de desesperos,
em que o tempo é indiferente;
prostram sonhos de prisioneiros,
em martírios deprimentes!
Porquanto! Não faças ao outro,
o que não queres que façam a ti!
Sua liberdade é o seu tesouro!
Seu livre-arbítrio vai decidir!
Eduquem-se os meninos e não será preciso castigar os homens! É tão óbvio, que clamo pela indignação! O ouro e a prata purifica-se pelo fogo; e a alma pelas aflições! Assim, quantas almas oprimidas, quantos corpos doentes, quantas mentes que se tornam insanas, em presídios funestos que sepultam vidas diariamente; e arregimentam e alavancam a formação de homens brutos, insensíveis, perversos e frios; que para eles a prisão serviu como escola do crime, e sairão piores como monstros que perderam o sentido moral; em suas veias correm o ódio, a veneração pelo mal; tornaram-se o próprio diabo; em que sua vida agora nada significa; para estes, viver e morrer é a mesma coisa, pois foi-lhes tirado as esperanças do amanhã, e fixado o sentimento cruel e abominável em seus atos hediondos que retornarão para a vulnerável sociedade!
Oh! Brasil miscigenado!
De humilde povo hospitaleiro!
O pobre é que vive encarcerado!
O rico suborna com seu dinheiro!
Como acreditar naquilo que nos hipnotiza, e deixam-nos como um ser pusilânime e covarde! Sim, a violência é produzida por ações e omissões, que desejam um país em menoscabo! Poderíamos falar, que poderosa é a lei, mas ainda mais poderosa é a necessidade!
Por que não furtar?
Porque o que é de outro não lhe pertence,
sua lisura e retidão serão sua escora,
sua honestidade é tesouro reluzente,
nas atitudes que estarão à prova.
A raça humana não é indulgente! Estamos sempre impetuosos para aflorar a nossa animalidade, o nosso instinto destrutivo, através de animosidades, beligerâncias e maldades!
Raça humana com travos e rancores,
sordidez aplicada por insensíveis predadores!
Insana consciência machucando por prazer,
pondo fel e azedume e ancorando o entristecer!
Por que não odiar?
Porque o clemente perdão é humildade,
o desprezível rancor é maldade,
o impudente ressentimento é flagelo,
e ser beligerante em rancor não é belo!
Humana essência que mata por vontade,
crueldade no coração sem remorso e piedade!
Pífias almas fratricidas que sepultam o amor,
a torpeza é idolatrada no afã destruidor!
Esses respeitados senhores que consentem, aprovam e autorizam a pena de morte, e tem em seu âmago a fé onipotente pela sua convicção religiosa, são contraditórios e paradoxais, pois, acreditam que seu Deus abençoa as suas nefastas ações! Quando na realidade, Deus deveria fomentar a humanidade e não atos desumanos! Quem somos nós para que decidamos a vida e a morte de alguém! Quantos inocentes não pereceram por erros de julgamentos! Apenas porque eram pobres e na sua grande maioria, desprotegidos negros! O que é Deus senão a bondade que nada mais é do que o amor nascido da compaixão!
Ah! Casto amor!
Que faz cuidar de uma planta doente!
Auxilia o necessitado no que mais precisa!
Que ancora a bondade em ações indulgentes
que respeita os animais pelo sentir que humaniza!
Ressaltaríamos que para o ser humano desajustado psicologicamente, com sua mente pervertida e doente com sintomas de sociopatia psicótica, haveria de existir medidas restritivas para que a sociedade não sofresse pela insegurança da violência iminente e arrebatadora que poderia causar danos e mortes. Haveria sim, de ter medidas coercitivas preventivas, para que esses seres carcomidos pela degeneração mental, tivessem um tratamento adequado, haja vista, que quiçá não seja mais recuperável para um processo de ressocialização; nem por isso teríamos que eliminá-lo, como uma praga ou um parasita, pois acima de tudo é um ser humano; irrecuperável, mais é um ser humano!
A natureza humana,
é como um computador cheio de vírus!
Como uma máquina defeituosa!
Com a inteligência se destruindo,
pela maldade vergonhosa!
O que somos afinal?
Bênção divina florindo o jardim!
Ou a erva daninha que usurpa seu igual!
Quiçá, a dádiva que conhece o seu fim!
O crime não compensa!
É verdade já provada!
Tantas vidas com sentenças,
arrependidas e destroçadas!
Almas mortificadas,
por suas ações funestas!
Tristes vidas aprisionadas,
pelas práticas desonestas!
O bem sempre vence!
A maldade é desgraçada!
Praticar o mal é indecente;
é a consciência infernizada!
Como uma minoria abastada pode ter tanto poder!
se a maioria de brasileiros têm a servidão para acolher.
Como posso aquiescer com uma nação em desigualdade,
se " és pátria amada, idolatrada" ; "em teu seio ó liberdade".
Como "um sonho intenso, um raio vívido", se transforma em favelas!
se "dos filhos deste solo", não são donos da sua própria terra.
O assunto é tão extenso e complexo, que suscita debates e questionamentos! Mas, diante disso, o que eu poderia enfatizar senão afiançando! Quem é o dono da verdade?
Quantas verdades corrompidas!
Quantas falsidades entronizadas!
Quantas vidas infligidas!
Por verdades dissimuladas.
O tempo traz a verdade,
na vida a ser vivida,
mentiras em castidade,
porquanto, vão ser seguidas!
Somos a obra escatológica;
somos a política mercenária;
somos a imunidade da escória;
somos traições incendiárias.
Somos o passado,
presente e futuro,
primor marcado,
empossando o impuro.
Lépida brisa,
em telúrico passeio,
formando ventania,
no paraíso em esteio.
É certo que os homens em geral julgam mais pelos olhos que pela inteligência – pois todos são capazes de ver, mas poucos estão em condições de compreender o que veem!
Todo pedante,
é recalcitrante,
ignorando a briosa humildade;
tudo que honra,
também desonra,
mostrando corações sem probidade.
Tudo que vive,
é morte livre,
sepultando êxtase em resplendor;
todo querer,
centelha o prazer,
decretando também nímia dor.
Quantos não expressarão através de uma imagem míope, estereotipada, estreita, distorcida e ignóbil, que matar seria o certo, o precípuo e coerente; para esses gostaria de perguntar-lhes, se fossem os seus filhos que a pena de morte lhe abraçasse, o que fariam? Será que teriam o mesmo pensamento algoz, cingido pela insensibilidade atroz e medíocre?
Quantas vozes em discordância;
que não sabem o que falam!
São pessoas na ignorância!
Estultas bocas que não se calam!
Estão sempre em oposição;
mas não sabem o que querem!
Indoutas almas em desrazão,
com pedantismo onde estiverem!
Nestes recalcitrantes cidadãos!
A sabedoria é sepultada!
O discernimento é olvidado!
A ponderação é enclausurada!
O livre-arbítrio é desvirtuado!
Consumidos por preconceitos,
seus pensamentos são arcaicos!
O aprender não é bem aceito!
O discriminar lhe é simpático!
Não reconhecem seus próprios erros!
Dizem não ao aprendizado!
São intolerantes em destempero;
mostram-se o quanto são ignaros!
Suas opiniões são contraditórias;
não aceitam serem contestados;
a intransigência é notória;
julgando o certo como errado!
Ou seriam tão imperativamente injudiciosos e despidos de humanidade, que em suas idiossincrasias ratificariam e corroborariam suas tétricas assertivas!
Quantas injustiças praticamos,
de forma aviltante!
Cerrando os olhos para a verdade;
mentindo com desplante.
Teatro de ilusões,
a mostrar fragilidades!
Inerentes imperfeições,
abraçando iniquidades!
Ensaio estertorante,
em almas aplacadas!
Espetáculo lancinante,
em ambiguidades fomentadas!
Atores em introspecção,
a mostrar serem detratores!
Neuroses em reflexão,
instigando seus rancores!
Desperte o lado benévolo de nossa natureza: Respeitar a tudo e a todos, é sinal de evolução, é sentir-se mais humanizado, pela sensibilidade e empatia aos atos praticados, espargindo de forma singela e sábia, o maior dos sentimentos que devemos praticar, que é o amor à vida, a nós mesmos e a este admirável mundo, o qual abriga a nossa existência.
Oh! Quantas práticas destrutivas,
à este magnificente mundo que nos acolhe e ensina,
que nos dá a oportunidade tão divina,
de desfrutar a dádiva da abençoada vida!
Devemos superar através do controle, ponderação, e discernimento, os instintos selvagens, os impulsos destrutivos que existe inerente dentro de nós! Não somos inimigos! Mas amigos! Ainda que as nefastas paixões venham a corroer o nosso coração e a nossa mente, não devemos romper nossos vínculos afetivos! As energias místicas que possuímos, serão alimentadas pelas nossas ações de fraternidade, com o revigorar de esperanças e serão congraçadas pelos melhores anjos da nossa natureza!
A vida é mesmo assim: um árduo e difícil aprendizado, cada um com sua cruz; algumas leves, outras pesadas, a fé e a esperança não devem estigmatizar frágeis culpados, o amor é o sublime vencedor pela fraternidade comungada.
Oh! Tristeza!
Que entreabre a escuridão!
Sepulta sonhos de grandeza!
Castiga a alma e o coração!
Faça de seu amanhã,
um dia abençoado!
Cultive ânimo em afã!
Não se sinta mais culpado!
Neste viver de emoções,
de êxtases e encantos;
procure abraçar inspirações!
Demita seus tétricos prantos!