LUZENTE AMOR
Sua família rica lhe deu um nome,
Giovanni di Pietro di Barnardone,
o qual fez votos de pobreza,
por ter âmago em candideza.
Rebatizado com nome de Francisco,
teve seus rompantes de festeiro,
mas logo decidiu mudar de vida,
e resolve ser intrépido cavaleiro.
Em suas andanças pelos povoados,
em razão de seu novo ofício,
viu pessoas em exclusão,
mendigando em suplício.
E Francisco questionava em objeção:
como pode haver tanta injustiça,
com tantos vivendo em ostentação,
ao lado de tanta paupérie morrediça.
Nessa iminência, acontece a reflexão por ver o mundo em iniquidades, e Francisco decide-se pela conversão, consolidando a Ordem da Fraternidade. E Francisco em apurada eloquência exortava!
Tantas insidiosas guerras!
Tantas insanas mortes!
Pelo ódio que impera!
Com a vingança vindo mais forte!
Oh! Poder onipotente!
Cubra-nos com seu manto,
da misericordiosa compaixão!
Pois, a raça humana vai enlutando,
pelos rancores no coração!
Guerras santas diabólicas,
findando sonhos de esperanças!
Pífias religiões não acólitas,
prostituindo a fé pela ignorância!
Francisco de Assis, foi uma alma em bondade, renunciou à sua boa herança, para abraçar a religiosidade!
Abdicou de sua riqueza, para auxiliar os desvalidos, o seu amor em franqueza, deixava vidas em abrigo!
E o povo o achava insano por não desejar a riqueza que vinha de herança. Chamavam-o de louco por escolher a pobreza. Francisco em sua humildade disse-lhes que a vida é sabedoria e temperança. E contou a história de Eclesiastes e de seu infortúnio em razão da riqueza.
Eclesiastes, sábio homem que foi Rei!
Se propôs inquirir em seu coração!
Vaidades, vaidades, foi o que semeei!
Debaixo do sol, o meu trabalho foi em vão!
Gozou de prazeres e de grandes riquezas!
Teve enorme poder e muita sabedoria!
Edificou várias obras de magnificente beleza!
Contemplou o respeito, deleites e hipocrisias!
Recordou todo o seu exaustivo trabalho,
feito por suas mãos e pelo suor perseverante!
Notou que nada é permanente, no labor diário,
observou que tudo são vaidades e aflições inquietantes!
Refletiu sobre a sabedoria e a ignorância,
e reconheceu que o estulto vive na escuridão!
Compreendeu que o saber é luz e relevância,
e que a morte é igual, tanto à tolice como à razão!
Porquanto, pensou!
Se a morte do ignaro,
é igual ao do de sabedoria,
do que me adiantou eu ter aplicado,
tanta dedicação, naquilo que eu desconhecia!
E adverti o meu coração,
conquanto, minh&039;alma sentia,
que todo meu saber era ânimo em aflição,
e que existiam vaidades nas obras que eu fazia.
Porque, as memórias,
tanto do sábio,
quanto do inculto,
serão sepultadas igualmente,
pelo esquecimento tão abrupto!
Eu, que fui poderoso, sábio e rei,
senti pelo suor, imensa lassidão,
pela dedicação que me empenhei,
no trabalho do dia a dia que foi só abnegação!
Agora ávidos aparecem os herdeiros,
adquirindo para cuidar do que conquistei!
São ociosos, indolentes e interesseiros!
Por fim, foram vaidades e injustiças que encontrei!"
E o povo intolerante lhe perguntava, qual a vantagem para você em abraçar a humildade, se os humildes são os mais humilhados?
E Francisco em seu autocontrole explicou:
Ser humilde é uma virtude e já é prova de
ponderação, consciência e sabedoria; pois,
somos átomos vitalizados; células energizadas;
poeira cósmica vertidas do firmamento;
grãos de areia soprados ao vento, trilhando
o ciclo imutável da finitude inexorável da
vida, que o tempo se encarregará de fragmentar.
E Francisco argumentava:
Infelizmente a realidade nos mostra, que o que prevalece no mundo, é a deletéria inversão de valores; em que o homem simples e honesto é desprezado, pois, não possui bens e para a maioria isto é sinal de incompetência, quando na realidade, se esquecem que um caráter ilibado é sinal de candura de espírito.
Francisco também observava naquele povoado, que as pessoas reclamavam demais da vida que tinham, e que todos se ajoelhavam a pedir, rogar e suplicar para que o Divino desse-lhes uma vida de fartura. Notou que as pessoas ficavam insatisfeitas pelos seus pedidos não atendidos, e se expressou quase que em brados.
Vocês são os arquitetos de seus destinos!
Trabalhem com vontade e determinação!
Só reclamar deixarão vocês desatendidos!
Nenhuma porta se abrirá sem obstinação!
Deus! Anda estressado!
Pelas incontáveis súplicas de auxílio!
Atende sempre aos necessitados!
Nunca se esquece de seus filhos!
A Onipotência roga atenção;
para que hajam ações de irmandade!
Porquanto! Deus em lassidão!
Insiste para que cada um faça a sua parte!
O Criador está cansado;
por pedidos egoístas!
Seu Evangelho foi desvirtuado,
por vaidades consumistas!
A Providência fadigosa,
não suporta mais tanta pressão!
Todos implorando-lhe, por uma vida venturosa!
A maioria mentindo; dizendo-se Cristão!
O Supremo encontra-se infeliz!
Vendo fiéis em fé mistificada!
Indo à missa em domingo feliz;
mas praticando maldades em ações dissimuladas!
Deus clama!
Eu faço o que eu posso,
mas vocês não me ajudam!
Também reclama!
O que vale ajoelhar-se e fazer orações;
se vocês não me tem em seus corações!
Francisco de Assis com a sua aura em cintilante compreensão, e seu coração em sentimento luzindo empatia, ressaltava: Porquanto, se continuarmos fazendo o que sempre fizemos, seremos sempre o que sempre fomos! Nada muda a não ser que façamos mudar! E também corroborava: não podemos viver felizes senão formos justos, sensatos e bons; e não podemos ser justos, sensatos e bons, sem sermos felizes.
Nossas escolhas fazem o trilhar,
ser alegre ou obscuro.
Nossas vontades trarão o conquistar,
de anseios para um lindo futuro.
E pelo firmamento Deus vigiava.
Deus ficava em ventura,
vendo suas boas ações;
a fraternidade em semeadura,
enaltecendo a fé em corações!
O amor era seu alimento,
dedicado aos desamparados,
sua ternura sepultava tormentos,
de carentes espíritos desesperados.
Amava os animais e a natureza;
seu sentimento em esplendor,
mostrava toda sua grandeza,
cultivada pelo amor.
Francisco de Assis foi:
Arrebatamento da simplicidade,
irradiando a benevolência,
ser de luz na humildade,
puro anjo da indulgência.
Alma em serenidade,
magnetizando o otimismo,
seu viver em conformidade,
fez conhecer o altruísmo.
Meiguice no semblante,
ofertando seu amor,
respeitando o semelhante,
socorrendo-o em sua dor.
Anjo em caridade,
no existir de rendição.
Espírito em benignidade,
transluzindo sua afeição.
Sua fé foi abnegação,
na entrega sensibilizante,
prantos em consolação,
no reconforto tão atuante.
Prazeres em rejeição,
no amparo em prioridade,
o próximo em aflição,
recebendo sua fraternidade.
Francisco caminhando certa vez em Assis sua cidade natal, viu um pobre camponês, contristado e muito mal.
Aquele homem doente,
sentindo intermitentes dores,
vivia um pulsar plangente!
Aflito! Vivenciava temores!
Francisco chegou perto daquele homem e disse-lhe:
Demita sua angústia!
Não caia em prostração!
Enalteça sua astúcia,
procure uma razão!
Aprenda com seus erros,
não crie desesperanças!
Não fique em desterro!
Tenha fé e confiança!
Deixe de lado a prostração,
a tristeza e o desalento!
Pois, aceitar a depressão,
é ver a vida em tom cinzento!
Enalteça a serenidade,
a esperança e o otimismo!
Aprenda que as adversidades,
serão constantes em seu caminho!
Sua mente é quem decide;
o ensejar de novas mudanças!
Seu coração é que emite,
os batimentos da perseverança!
Plena felicidade é utopia!
As tristezas fazem parte!
São nos momentos em alegria,
que faz o sorriso ser destaque!
Viver! É exímia coragem!
É se arriscar a cada dia!
Pois, é curta sua passagem!
É necessária luta e ousadia!
Fomente imprescindíveis vontades,
que consolidarão aprendizados!
Desistir! É fragilidade covarde!
É se sentir como derrotado!
Desperte o lindo sol,
que se esconde em você!
Saia desta escuridão,
que só faz você sofrer!
Não insista em reclamar,
da vida que você tem!
A ingratidão em seu trilhar,
te deixará sendo refém!
Revezes acontecem!
Desilusões são encontradas!
Seja forte e não se entregue,
para uma vida desolada!
E Francisco de Assis continuou dizendo:
Faça de seu amanhã,
um dia abençoado!
Cultive ânimo em afã!
Não se sinta mais culpado!
Neste viver de emoções,
de êxtases e encantos;
procure abraçar inspirações!
Demita seus tétricos prantos!
Sua mente é a importância,
de estancar esta solidão!
Cultive a confiança,
para abarcar a redenção!
Não seja inclemente!
Não desperdice este instante!
Pensamentos resplandecentes,
irão mostrar sua alma brilhante!
Eleve sua autoestima!
Alteie seu amor-próprio!
Coloque seu astral pra cima!
E sustarás o melancólico!
O amanhã será um novo dia!
Terás uma vida melhor!
Encontrarás paz e harmonia;
e nem lembrarás do seu pior!
Que dádiva!
Sinto bálsamo em teu ser!
Vontades a transparecer!
Vejo agora luz em teu olhar,
redenção em seu trilhar,
sua alma em alento,
sentindo Deus neste momento!
Nesse instante, as folhas das árvores dançavam e bailavam exultantes pelo suave vento em carinho que abraçava-as em deleite.
As atraentes flores emanavam um perfume agradável, e compraziam-se em arroubos ao verem a contenda entre as abelhas em busca de seu inebriante néctar, e com as libertas borboletas em sua graciosidade pelos movimentos lépidos de suas coloridas asas que orquestravam-se a contento.
Airosas flores com suas nuances cromáticas que criavam enlevo, dando um toque de inspiração poética com profusas sensações em magia, com seu eflúvio cativante fomentava uma atmosfera em concórdia, em que fragrâncias eram sentidas como emissoras de afeto para a ascensão da fraternidade.
O Sol auspicioso resplandecia, emitindo lustrosos raios que adornavam a mansidão, assentindo na paisagem um tom dourado na admirável e profusa emoção que emergia perante opimo sentimento.
Os pássaros ressoavam sons harmoniosos, presenteando com seu trilar, o despertar de refulgentes sensações em envolvente júbilo.
O céu azul e belo, contemplava maravilhado a natureza em sintonia, pelo encanto arrebatador do munificente amor em aliança, que aflorava em corações em bondade.
Em um átimo, aprazível frescor cingiu o corpo daquele singelo e humilde camponês; uma radiante luz ornamentou-se em sua aura espiritual; um despertar animador floresceu naquele penalizado homem, e como por uma bênção, sentiu revigorante energia e inefável estamina em sua essência, subtraindo-lhe toda a angústia e aflição.
Seus conceitos despontaram-se reluzentes e otimistas, convergindo para transparente sabedoria, em que a ínclita fé e a perfulgente esperança tornaram-se absorvidas pela harmoniosa e prodigiosa tríade, que convergiam entre alma, corpo e mente.
Despertou-se uma compreensão em equilíbrio, em que o autorrespeito e amor-próprio, que haviam-lhe sido subtraídos, entreabriram-se intensificados pelo vívido sentimento em percepção, que soterrou o temor, a desesperança, o martírio, a prostração; e que agora, como encantamento pelas palavras prolíficas de Francisco de Assis, aquele pacato e modesto homem que antes estava em desventura, pudesse desejar e projetar um novo e edificante horizonte em sua vida.
Outrora, o que parecia um cenário desalentador, mortiço e arruinado, diante da amargura em sua vida, metamorfoseou-se para algo cristalino, esperançoso, magnetizante e encorajador.
Uma multidão que presenciou aquele milagre, circundou Francisco com cândida afetividade rogando-lhe para que continuasse a falar.
E Francisco de Assis continuou a se expressar:
Para vocês que se sentem soçobrados,
não esqueçam de serem resilientes,
se quiserem um porvir contente.
Porquanto, deveras:
o sorrir é relevante,
para ativar o otimismo!
Pois, a vida é inebriante!
Não abrace o pessimismo!
A mente é a propulsora,
de alegrias ou tristezas!
A esperança é a condutora,
por veres o mundo em beleza!
Resplandeça o coração,
no sentimento positivo!
Pois, andar em contramão,
é a certeza de perigos!
Não reclame! Não lamente!
Já que a vida, são sacrifícios!
Não desista! Sempre tente!
O aprendizado é bem difícil!
Não cultive a ingratidão!
Agradeça por mais um dia!
Ser injusto é motivação,
para encontrares a desarmonia!
Hoje! Muitos morreram!
E você aí está!
Deixe de lado o desespero!
Pois, viver é perseverar!
Com luzente amor, Francisco de Assis continuou:
Sinta o Sol nascendo!
Sinta a flor a desabrochar!
Tuas sensibilidades aparecendo;
é o amor a despertar!
Tudo fácil, não teria graça;
seria uma vida sem sentido.
Tua inconsciência é uma ameaça!
É descontrole! É desequilíbrio!
Os dias são diferentes!
O amanhã será melhor!
Hoje! Com tua fé; ficarás contente!
Incutirá desejos! Não pensarás no pior!
Os erros do passado;
já passaram; são imutáveis!
Os desacertos são compensados,
por tuas virtudes formidáveis!
Não esmoreça! Não se entregue;
à denegridas tentações!
Sejas forte! Nem se apegue;
a esta vida de ilusões!
Galvanize tua mente,
com vontades alentadoras!
Seja sincero e decente,
sem ideias destruidoras!
A plena felicidade,
é subjetiva; é abstrata!
A vida em simplicidade,
traz ventura de forma exata!
Olhe para trás!
E sentirás compaixão!
Verás, quanto sofrimento!
Quantos caíram, e ainda estão no chão!
Derrotas e vitórias,
bondades e maldades!
A vida é misteriosa história,
que se escrevem, por nossas vontades!
Você nesta odisseia,
em que o tempo vê passar;
vive e não tem ideia,
de quando o fim irá chegar!
A vida é mesmo assim!
Vivenciaremos as incertezas!
Início, meio e fim!
Pereceremos! Essa é a certeza!
Porquanto! Viva intensamente!
Não desperdice belos momentos!
Não sejas contraproducente!
Viva o agora! Viva a contento!
Ame a si mesmo!
Desfrute deste mundo!
Sois dádiva! Sois uma estrela!
Sois o tempo em segundos!
Hoje, aqui estamos,
amanhã, ninguém sabe,
o viver que desfrutamos,
faz parte da interinidade.
Nada é nosso,
tudo é emprestado,
somos inquilinos pretensiosos,
de um mundo tão fustigado.
Sentimo-nos onipotentes,
colhemos desenganos,
não somos dono do presente,
nem do futuro que esperamos.
Consideramo-nos proprietários
dos bens que possuímos,
pensar assim é temerário,
é presunção que instituímos.
Ah, que homem Santo! Era o que a multidão exaltava! Em Francisco de Assis, uma luz irradiava. Todos os admiravam pela sua:
Consciência tranquila,
feição sorridente,
pensar em harmonia,
viver reluzente.
Sobrevivência pobre,
anuindo esperanças,
positividade tão nobre,
perfilhando confiança.
Francisco feliz,
em bondade ativa:
pobreza que diz,
que a riqueza é subjetiva.
Posses tão simples,
mas sentindo realeza,
existir sem requintes,
beneficência em presteza.
E mais pessoas simples, em sua maioria, se avolumavam em torno de Francisco, para ouvi-lo em atenção, inebriados pela fé em inspiração.
E Francisco de Assis em sua fecunda eloqüência dizia-lhes:
Como posso me sentir abandonado!
Se Deus sempre estará ao meu lado.
Como posso seguir insensível e embrutecido!
Se o viver deve ser alegre e enternecido.
Como posso desejar mais do que tenho!
Se para a maioria são sepultados seus anseios.
Como posso ser tão ávido e ganancioso!
Se em muitos lares falta o sustento precioso.
Como posso estar contristado e na apatia!
Se o Sol brilha refulgindo estesia.
Como posso recalcitrar contra o amor!
Se o mundo chora em guerras cruentas de muita dor.
Como posso não me impactar com a violência!
Se a morte foi banalizada pela impiedade em inclemência.
Como posso não pensar no tempo que passa apressado!
Se o efêmero traz a sina de que o fim já foi lançado.
Como posso ser pedante, soberbo e insipiente!
Se a simplicidade é a sabedoria erigindo o condizente.
Como posso não apregoar a vitória por mais um dia!
Se muitas vidas amanhã, não estarão para vivenciar a aurora que refulgia.
Francisco de Assis falava de Deus, àquelas almas singelas, que se sentiam renascidas:
Deus é luz,
amor e crença,
força que produz,
amor em benquerença.
Deus é pai,
remetendo provações,
fecundando augusta paz,
acalentando corações.
Deus é onipotência,
combatendo a maldade,
induzindo indulgências,
promovendo caridades.
Deus é alimento,
entronizando branduras,
é a vida em intento,
ressuscitada por curas.
Deus é sabedoria,
fomentando discernimentos,
inspirando alegrias,
transluzindo sentimentos.
Deus é o silenciar,
reluzindo orações,
propagando o esperançar,
demovendo aflições.
Deus é o firmamento,
resplandecendo o Universo,
espiritualidade em lenimento,
facilitando o difícil acesso.
Francisco viu naquela multidão, outrora contristada pelas aflições, uma luz galvanizante em seus olhares, e sentiu que o amor agora em seus corações, era Deus ancorando sonhos aos seus pares.
E disse Francisco de Assis sobre o amor:
Ah! O amor!
Sincero sentimento,
espargindo o esplendor,
dando à vida o alento,
esperança e vigor.
A bondade é o amor,
nascido da compaixão!
Fazer é o bem é o indutor,
da felicidade e mansidão!
Amar ajuda a viver,
amar deixa-nos mais forte,
amar suaviza o sofrer,
quem ama esquece da morte.
Ah! O amor!
Que faz cuidar de uma planta doente!
Auxilia o necessitado no que mais precisa!
Que ancora a bondade em ações indulgentes!
Respeita os animais no sentir que catalisa!
Ah! O amor!
Que sucumbe rancores!
Que professa o perdão!
Que releva detratores,
na humildade em compaixão!
Ah! O amor!
Em que dele falar é fascinante!
Mas que o seu praticar é que é relevante!
É a boa semente para um mundo melhor!
É o casto que produz um sentimento maior!
E Já era noite naquele dia, e aquela multidão em silêncio, admirava as sublimes palavras de Francisco de Assis:
Cada semente promete uma flor,
cada vida inspira o futuro,
todos caminhos indicam o amor,
para seguirmos a um porto seguro.
Ah! Como é bom sonhar!
Com um mundo em felicidade!
Cândidos sentimentos a despertar,
esperança, poesia e fé na bondade!
Como não admirar e se deixar fascinar pela magnificente sensibilidade que permeou a essência de Francisco de Assis, nas suas ínclitas ações de plena bondade, em que mostrou a sua fraternidade e respeito pelas pessoas; pela natureza; pelos animais e pela vida!
Como olvidar de sua compaixão; de seu respeito e deferência que teve ao nosso mundo, o qual nós humanos estamos diariamente destruindo! Como podemos deixar de reverenciá-lo e agradecer-lhe pelo seu convívio florescente e humano que nos envolveu de esperanças, pela solidariedade vivenciada, que embelezou o mundo e nossa existência!
O maior legado de Francisco de Assis, foi ter-nos deixado a percepção em sabedoria de que a humildade é valiosa; que a fraternidade é abençoada; que a solidariedade é munificente, e que o amor é a semente de Deus, dando-nos a fé e expectativa para um novo amanhã mais fraterno e solidário, sem a beligerância e sentimentos pífios e tacanhos em aflição. Antagonismos e beligerâncias, que nós humanos cada vez mais abraçamos, pela desconfiança, pela deslealdade, pela falta de sinceridade, pelo rancor, e pelo ódio aviltante que idolatramos.
Entronizamos maldades; semeamos injustiças; conspurcamos a realidade em atos desumanos. Para mitigar as nossas dores, decepções e frustrações, estamos cada vez mais nos distanciando de nossas ações espirituosas, construtivas, fraternas e solidárias; cada vez mais cultuamos as nossas mesquinhas e abomináveis paixões, sepultando o que poderíamos ter de melhor que é o espírito de humanidade; escolhendo a ganância, glorificando o frívolo, buscando o dinheiro fácil por meios sórdidos, invertendo seus valores morais e vangloriando o abominável.
Francisco de Assis também enfatizava:
Que nossa íntima natureza também nos revela,
que possuímos um outro lado maravilhoso:
É o valioso e esplêndido sentimento,
que nos faz também um ser bondoso!
Que devemos ser também:
o cultivar do sublime amor!
Natureza da compaixão e generosidade,
que faz da nossa existência um resplendor,
na paz e harmonia que deve ser nossa vontade!