O MISTÉRIO DA FELICIDADE MAIOR
Indaga-se frequentemente qual a maior felicidade do mundo e se a procura entre as experiências do cotidiano da vida humana.
Focaliza-se na felicidade feminina ao dar à luz entre sorrisos e acolhimento dos circunstantes que soterram, momentaneamente, a rivalidade humana. E novas e infinitas pontes parecem ser criadas entre o universo e o interior da mulher, e o mundo é percebido como pedaço de céu onde a luminosidade natural das coisas produz música surrealista que não precisa de som para gerar as carícias de uma sinfonia.
Procura-se também entre aquelas raras ocasiões de imensa alegria que são acompanhadas de um sentimento de invasão e desnudamento do próprio ser e também de um sentimento de vergonha de tamanha felicidade.
Procura-se ainda na felicidade do orgasmo amoroso.
Debalde, tudo isso são gotas d’água diante do oceano da felicidade maior que nos toca quando o Senhor das Existências, por quais razões e em quais tempos não nos é dado conhecer, determina que se operem em nossa carne alterações que viabilizem a ocorrência do maior evento do espírito: a ʻadoração a Eleʼ.
E quando entramos em ʻadoraçãoʼ, estabelece-se uma alteração de consciência que transcende os limites do imaginável. Transmuta-se a própria identidade do espírito e sem terror ou morte... Somos o que não éramos; ʻsomosʼ a ʼadoraçãoʼ - e não apenas temos um sentimento ou praticamos um ato.
E a adoração tem dois aspectos; um que é um sentimento desmedido de amor e outro que é um sentimento desmedido de felicidade.
E, quando da ʻadoraçãoʼ, ʻsomosʼ cada um dos aspectos referidos; ʻsomosʼ um sentimento desmedido de amor (e não apenas sentimos amor) e ʻsomosʼ um sentimento desmedido de felicidade (e não apenas sentimos felicidade).
E nessa felicidade que acontece sermos e não em nenhuma das que pudermos ter, é que está a felicidade maior. E disso sabem os anjos.
Guru Evald