Efuturo: IMPRESSÕES DE LUZ: ARTE

IMPRESSÕES DE LUZ: ARTE

Não importa a intensidade da luz, mas, o sentido da mesma quando expressa contato com o mundo. As razões para consagrar a luz tem valor semelhante ou superior aos questionamentos no nosso viver, como referências da liberdade e coragem. Isso pressupõe que nosso talento se destina as inquietações e propostas. As intenções e realizações na existência independente do palavrório com que pretendemos (nos) explicar. Mário de Andrade descreve a sua emoção ao posar para Anita Malfatti, em 1922, “Suas cores eram fantasmagorias simbólicas... Tons de cinza que era tristeza... Tons de ouro que era minha alegria milionária... Tons de fogo que eram meus ímpetos entusiásticos”.
No momento em que recriamos o caminho através da luz, estamos atentos às questões da arte com o viver. Para Rubens Gerchman, “Arte é, por natureza, a recriação do real, a concepção que o artista tem da imagem viva”. Esta concepção, no entanto, está embutida no desejo de descobrir e revelar a luz como impressão do que criar. Juarez Machado registra a sua marca no quadro Pele Pálida em Quentes Lençóis, pois, para ele “as mulheres revelam o mistério do sono, do cochilo, que estão entre o sono e a morte”, como jogo de luz.
A impressão de luz começa no momento em que surgem alternativas coloridas, quando nos vemos itinerários – quem é quem – em nova conjunção para fazermos parte do incentivo como eixo de atitudes. Tal predominância fortalece o nosso talento à custa da legitimidade da luz, como Jean-Baptista C. Carot (1796-1875) é lembrado pelo seu domínio da luz com a obra A Pequena Jeannette que, também não foge à beleza e vai ao encontro das ideias, isto é, as qualidades expressivas de cada um concentradas na sua eficácia, que não são feitas de sombras, mas, da claridade quando nos redescobrirmos no (re)construir.
As luzes refletem sensações quando alcançamos o acréscimo à realidade, como a inventividade, a diversidade e o objetivo. Nas palavras de Carmen Presotto, “Quando as sombras se iluminam / em meu peito / - flores espalhadas - / abraço eterno // horizonte // que com Arte me revestes”.