ROSA

Chamo-me Rosa
Mãe de todas as flores
Onde poetas e trovadores
Inspiram-se em meu botão

Chamo-me Rosa
Para que saibam
Que o meu nome reluz
Sob o brilho da luz

Vivo com os espinhos
Entre as folhas e os galhos
Sustentando a ilusão
De um dia ter uma paixão

Se não for digna dessa grandeza
Consolar-me-ei com a beleza
Para aguardar o jardim
Que floresce dentro de mim

Pois sou apenas ROSA
Aquela que exala alegria
Que almeja um coração
Para fazê-lo apaixonar-se
Por um outro botão.

DÉCIO MACHADO

Texto do livro
ADAFLOR,
a menina alada

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