Manhãs Frias
Manhãs Frias
Manhãs Frias
O aroma do dia
O ar que respiro
Sons que fazem ecos
Vento soprando o tédio.
Manhã Fria
Vestida da esperança
Espanto a saudade
O sabor de saliva amarga
Com uma xícara de café.
Manhãs Frias
Que me faz despertar
Sem pressa
Sem com isso
Afastar-me dos meus sonhos
Em viver
Pequenas felicidades
Sem nada temer.
Manhãs Frias
Nesse mundo desencantado
Diluído pela individualidade
E valores destorcidos
Pela falta de amor
Faz-me ainda mais
Forte para suportar a dor.
Manhãs Frias
Traz-me a oportunidade
Em olhar com boa vontade
Pra tudo que o Universo
Em sabedoria
A mim, tem por oferecer.
Manhas Frias
Tira da boca
Os sabores estranhos
De palavras nunca ditas
Ou explicitas demais
Para serem entendidas.
Manhãs Frias
Faz-me viver o impossível
Da busca por beijos e abraços
Quentes em sinceridade.
Manhãs Frias
Traz-me a razão
Em gritar bem alto
Em alimentar a loucura
Que eu quiser
Em momentos de lucidez.
Manhãs Frias
Sejam bem vidas
E acordem cedo
O encantamento
Que é o Viver.
Bartira Mendes
(Extraído do livro Aurora Boreal de Meus Versos . Bartira Mendes . Editora Versejar . Página 22 e 23 . São Paulo . 2019)
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