CENAS DA VIDA
Viver bem é ingrediente chave para o equilíbrio emocional. Porém, encontro nas cenas da vida o relacionamento em diferentes áreas de convivência. Por vezes, escolho o silêncio como companhia no cotidiano, em outras, enfrento a dificuldade para declarar meu sentimento de amor.
Insisto e sempre estou pensando e questionando, por que ele é tão sério e distante? O que ou quem o incomoda? Para Leonard Cohen, “As lágrimas escorrem por meu rosto enfim / Estou apaixonado de novo / Eu posso viver assim...”.
Ando de um lado para o outro nas ruas da cidade e não o encontro. Sua ausência faz de mim um triste ser. De que vale o meu amor se nem a troca de olhares muda as nossas vidas? Desabafo com os amigos, em ritmo de brincadeira. Sei que não se deve brincar com os sentidos.
Comparo a nossa trajetória com a fotografia, onde há lentes que se cruzam em olhares e perspectivas; como em Cohen, “O amor verdadeiro não deixa rastros / Se eu e você formos um só / É o que se perde em nossos abraços / Como as estrelas contra o sol...”.
O tempo demonstra como nossas linhas amorosas se entrelaçam em ângulos diferentes, deixando meu coração apaixonado para as ocasiões especiais e as horas livres. Leonard retrata, “eu te vi fortalecida eu te vi contente / por eu não poder viver apenas para colher...”.
Pela importância do viver, capturo imagens e emoções, “flashs” da minha vontade, para revelar o meu arrependimento e o meu desejo. Pela falta de coragem para me declarar e por não vivermos as cenas diárias. A experiência fornece outra visão para avaliar e questionar o meu viver: somos livres? Ou a liberdade está naqueles que têm coragem de amar?
Espero não perder a compreensão das atitudes que me trazem a esperança, para me manter verdadeira ao driblar as cenas da vida. Ainda, em Leonard Cohen, “E aqui é o fim desse grande amor / mas quem teria em mente / que nos deixaria a todos tão vagos / e assim tão indiferentes.