A PISADA DO GIGANTE
Quando o gigante pisou,
a terra estremeceu.
Quando pisou novamente,
esmagou,
depois chutou,
limpou o sapato
e quis examinar:
a barata.
O gigante não gostava de baratas felizes,
embora pensasse que se baratas tivessem nomes
talvez não as esmagasse.
Um nome ajuda muito,
por isso a rua Maria de Jesus
é mais do que uma rua
porque é Maria
e é de Jesus.
Baratas são mais fáceis
porque baratas não tem nome,
nem são de ninguém.
O Golias bateu o pé no vão da parede.
Saiu uma barata.
O gigante lembrou:existe no Rio de Janeiro,
a rua “Barata Ribeiro”.
Então aquela outra barata
era mais do que uma barata,
porque era Ribeiro e já era uma rua.
Poderia ser nome de lagoa com pedalinho
ou o Sedan com motor 1.0.
O gigante pensou,
pensou tanto que a barata fugiu
DO LIVRO: O ÚLTIMO FOGUETE
Olá. Nunca fiz um contato como este, mas é uma chance caso haja realmente leitores aqui. Moro na cidade de São Paulo, no bairro do Jabaquara. Estou desempregado e posso trabalhar como professor de português, literatura e técnicas de redação em alguma escola de 2o grau. Sou formado pela Universidade de São Paulo (USP) e já lecionei durante alguns anos. Sou também advogado formado pela PUC- São Paulo e perdi o emprego há quase dois anos depois de 23 anos. Caso você possa me ajudar a obter um novo emprego, principalmente como professor, por favor, entre em contato comigo pelo e-mail (phcfontenelle@gmail.com)
Atenciosamente
Paulo Fontenelle de Araujo