REMINISCENCIAS...
Tardes cinzentas
Tardes ensolaradas
Tardes chuvosas...
Não tinha dia, não tinha hora
Tinha você a todo momento
Amávamos loucamente
Vivíamos uma paixão ardente...
Como anda você agora?
Você que aqui estava...
Que aqui eu te abraçava...
Que aqui eu te desejava...
Que matava nossas vontades
Como está você agora?
Por que abandonou tudo?
Por que saiu correndo
Me deixando tão mudo?
Por que fizeste isso contigo?
Sacrificando um amor não vivido
Que apesar de muito escondido
Lhe deixava a vida mais prazeirosa...
Um pouco menos triste
Onde está você agora?
Será que no conforto de seu par
Ou na incerteza de uma nova espera
Que outra vez lhe apareça um amor...
Em uma nova ilusão.
Você precisava tanto de um amor
Pensou, jurou, e aconteceu
Inesperadamente, relutou,
Mas depois
Não resistiu e se entregou
A momentos imaginados e nunca vividos
Mas tudo não resistiu as circunstancias
Agora, resta apenas o amargor
E da solidão não pode reclamar
Você fez sua opção...
Aceitar resignada aquilo que o padre falou...
Independente de sentimentos, verdades
Uma jura eterna que lhe dói na alma
Na sofrência de um amor na saudade
Vai viver tua vida
Sem vive-la plenamente
Sem a emoção,
Sem a vibração do amor que vivemos
Mas ficarás com a segurança
Da promessa feita um dia
Se você ficará bem com isso
Não sei, nunca saberei
Talvez até você nunca saberás
Pois terás que viver,
E se esconder atrás de meios desejos...
E de meias vontades...
E não viverás suas verdades...