O PRÉDIO DA MARAPONGA
A tristeza e o desengano/Fizeram sua morada/Na mente dos moradores/Da moradia arrasada/Ocorreu na Maraponga/A tragédia, a sinistrada!//Assim que o prédio trincou/Morador, em correria/Saiu às pressas do prédio/Por temer o que viria/No tal do desabamento/O condomínio pendia!//E a partir desse instante/Instalou-se o sofrimento/Todos no meio da rua/Veja que constrangimento/Cidadão desabrigado/Tristeza, a todo momento!//A incerteza se instala/Na cabeça do vizinho/Na cabeça do irmão/Que se perdeu no caminho/Da construção de uma vida/Maneira, sem descaminho!//É triste ver cada um/Todo banhado de pranto/Sem a gente ter poder/De colocá-los num canto/E ver a vida partida/Escorada em desencanto!//O que fazer nessa hora/De tormento, dor sem fim/Ver todo mundo sem nada/Do velhinho ao corumim?/Eu não queria tragédia/Parecida para mim!//Que os irmãos encontrem um rumo/Bem diferente pra vida/E que a problemática seja/A solução, a saída/Para um norte mais ameno/Sem a dor tão, tão sentida!//Fé e força, meu irmão/Conte com um ombro amigo/Eu também sou pobre e/Não tenho pra ti abrigo/Mas tenho o poder da reza/Saiba, Deus está contigo!