Apolo
Nos dias antigos, antes dos gigantes fenecerem em sacrifício,
Muito antes da dinastia dos Reis Taumaturgos prosperar,
O meu povo fazia a festa da colheita no bom dia de solstício,
Desde que Apolo desceu no Egito, e fez a história recomeçar.
A noite impera esplêndida, e a lua generosa com seu artifício.
A chuva cai com simpatia, exala sua fragrância a nos temperar.
A terra ouve o que Apolo manifesta, em Delfos, o divino ofício.
E o selvagem que sai da floresta, torna-se homem, sem tropeçar
As marés trazem um viajante à praia, e com ele um bom auspício:
É um coração de leão com valentia, por toda a ilha a reverberar.
Ares depôs armadura e gládio, anuncia aos povos o armistício,
E de forma modesta Apolo parte prometendo um dia regressar.
(Poesia participante do livro "Projeto Poesias Encantadas-Antologia Poética X", publicado pela Editora Becalete/2016)