Cravos de Portugal
Choram lágrimas de sal
- ao cruzarem o mar -,
Os filhos de Portugal...
(Onivan)
Quando fenecer às angústias das tristezas
E me deitar no ataúde com as doces flores;
Depositem às saudosas terras portuguesas
Os doridos cravos dos meus amores...
Não deixem o meu corpo ser enterrado
Sem os ritos! Sem a flor do solo pátrio!
Levem o meu corpo, assim, embalsamado
E o deixem repousar no velho átrio
Do mosteiro, onde vicejam belos cravos!
Que meu corpo envolva o perfume do adeus
Ao suave som de tristes cravos!
E ao ser enterrado na fria terra desse litoral;
Deixem que o mar embale os sonhos meus
Nos sonhos do meu Portugal...
(Onivan – 17/02/2005)