Amazonas
Do Amazonas balança preguiçosa a maresia.
Tranquila sopra a brisa tristemente...
Um ondulante respingo de melancolia
Leva os meus sonhos para sempre...
Percebo as águas se agitarem de repente
Elas balançam escuras! Sinistras! Tenebrosas!
Acompanham sinuosas e perenes
As lembranças que agora jazem mortas...
Desfeitas magias das saudades que eu deixei
São arrastadas pela túrbida correnteza
Das pessoas que um dia eu amei...
Seguem meus sonhos o sinuoso fluxo do rio
Enquanto a minha inconsolável tristeza
Mergulha comigo aos poucos num vazio...
(Onivan – 17/06/2019)