ALMA FERIDA (S)
Rio, 28/10/2018.
Minh’alma anda a chorar
Meus olhos são fontes d’água
Assemelho-me a um mar
Tenho entranhas amargas.
Sou oceano de sentimentos
Que movimenta as vagas
Sou murmúrio de lamentos,
Levo o peso das palavras, cargas.
Sou o choro da tempestade
Com ventos que sacodem o mar
E fazem os barcos tombar.
Sou o canto das baleias
Que parecem sempre chorar
E que os homens andam a caçar.