EU VIRO ONÇA
Num acesso de raiva
Eu viro onça.
Quem me dera...
Quem me dera...
É muita pretensão,
Da mais pretensiosa,
Para um reles humano
A léguas, muitas léguas,
Da sua altiva majestade.
Num acesso de raiva
Rebaixo-me à condição
De reles humano raivoso,
O que não tem nada,
Nada da sua altivez,
Da sua nobreza,
Da sua elegância
E leveza
De bailarina das matas.