AVES SUICIDAS
Aves suicidas atiram-se
sobre os edifícios e tecem
um tapete mágico de poeira
e estilhaços
tingido de vermelho
onde homens e mulheres repousam
embalados por silenciosa música
esperando a carruagem
que os levará a uma nova morada
acolhedora morada no seio da Mãe Terra
que recebe cada filho seu
e que por ele chora
em permanente luto
rios de lágrimas que rolam
pela sua face e escorrem
até as profundezas do oceano
em contínuo e permanente chorar.
Zildo Gallo
Escrevi este poema em memória dos homens e mulheres que morreram no atentado à Torres Gêmeas em Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001.
Piracicaba, SP, 06 de novembro de 2001.
Revisão: Campinas, 07 de junho de 2017.