A DESPEDIDA
Rio, 09/09/2007.
Olho e as lágrimas fazem-me te ver turva
E te vais no caminho sumindo na curva.
Não olhaste para ver que eu chorava
E a despedida, por pouco, não me matava.
Passei por este momento de cabeça erguida.
No meu peito inda me dói cada ferida,
Que o teu desamor fez sem piedade
E seus dardos feriram-me naquela tarde.
Vê como ainda me encontro triste,
Mas o tempo é um amigo que consola
E me falou que o pretérito para isto existe.
Então se um dia, chorosa, me procurares,
Direi: Aquele amor, nos sapatos, pus por sola,
Enjoei deles e lancei-os no fundo dos mares!
SEDNAN MOURA