A FAVELA
Rio, 31/10/2005.
Esperança há e está quase morta
E outra há que nasceu bem torta
Trajando maltrapilhos coloridos
E de pedra são os jardins floridos.
Do alto se voa em asas do olhar:
Ao longe céu e mar a se encontrar,
Gente como formigas pelo chão
E crianças chorando pedindo pão.
A fome faz perder toda a esperança,
A arma tira a inocência da criança
E forma mais um pivete-marginal...
Daqui sua casa não se pode enxergar,
Um casebre no abismo quase a despencar
Debaixo do céu temos mais este mal!...
SEDNAN MOURA