À Língua Portuguesa...
Oh Língua Portuguesa!
Teus vocábulos me soam tão belos,
E na tua essência pululas
Em substantivos tão singelos!
Vais romanceada em Ateneus!
E como o verbo que acende uma vela
Bem ascende aos olhos meus...
Em Drummond tu és Bilac!
Superlativamente erudita porque impoluta!
E no verso mais azul da Via Láctea bendita
Cintilas qual esfinge absoluta!
Por entre a razão e a loucura!
Por entre o azul da estrela que muito te quis
Em ti vou colorindo os superlativos
No Machadiano humor de Assis...
Em Drummond
Segues bulindo com hipérboles e preposições!
E alcançada por uma pedra no meio do caminho
Paras concisa entre objetivas locuções...
Em arte-final te escrevem em grafias serenas!
E enquanto choras na obsoletuidade dos tremas,
Eu - na minha inconsolável saudade -,
Inda te vou Bilac ando em poemas...
(Onivan – 29/01/09)