Na Solidão do Necrotério...
À passo pelo necrotério caminho angustiado!
Neste lugar nada me satisfaz
Nem me deixa animado!
Nem o arco-íris que lá fora a chuva traz!
Fustiga o vento as copas das árvores!
Pingos d’água desmembrados e reticentes
Caem indiferentes à palidez dos cadáveres
Que ora tenho cá por confidentes...
No necrotério impera um silêncio sepulcral...
A tenaz certeza
De uma solidão abissal...
Assombram-me os passos compassos ferais!
A profunda tristeza
Que nunca me deixa em paz!
(Onivan – 03/06/2015)