AMOR ATO ONZE
Entro novamente no beco perfumado
e nele envio pedidos de uma crença inicial:
o tempo presente, o perdão, a visão
da colina luminosa em minha cidade natal.
Não há feridas na porta evidente,
se o trágico patético entra
minha mão anônima paralisa a seta
e salva o cultivo do beijo recente.
Uma nudez de filhos rola neste momento,
crianças perseguem sombras tão cúmplices
porque sai de ti mais um arrebatamento.
Filhos para o alcance dos dedos,
e mesmo diante de tais visões fugazes,
a paixão vence o acesso dos medos.
Do livro:Amor por força da lembrança