ÁGUAS (soneto)
Rio, 02/09/2006.
Águas borbulham na fonte das almas
Águas que formam um rio pequeno
Águas que se vão serenas e calmas
Águas que lavam todo o veneno
Águas das palavras cheias de perfumes
Águas estagnadas em poças de azedumes
Águas em lagos cheios das blandícias
Águas dos ribeiros das doces malícias
Águas das tempestades arrasadoras
Águas das lindas palavras destruidoras
Águas barrentas com mortal peçonha
Águas levam aquele que ardente sonha
Águas da lagoa que se forma nas vidas
Águas que curam e cicatrizam as feridas.
SEDNAN MOURA