AH! CICATRIZES...
Rio, 05/11/2012.
Ah! Cicatrizes, marcas em mim,
Das feridas tão profundas e doídas,
Eram amores falados tão doces assim
Que deixaram minha alma toda moída.
Aqueles abraços vazando de amores
E vocábulos cobertos de puro mel,
Tão belos pareciam ramos de flores,
Eram suaves ao ouvido, mas depois fel.
Como faz sofrer o tanto amor falado,
Pois tinha setas cheias de veneno,
Espadas nuas de palavras viciadas...
Os separados, como seres alados,
Que sopravam frases como vento ameno,
Pareciam carícias de mentes purificadas...
SEDNAN MOURA