APENAS UMA TARDE
Rio, 14/03/2007.
Os olhos do monte observam o mar,
As ondas empoladas brincam na areia,
As gaivotas gemem no vaguear,
Encalhada há embarcação velha e feia.
Dunas se transportam a todo o momento,
O céu, puro anil, parece-me contente,
A se olhar nas águas afagadas pelo vento
Que passa silvando e todo ridente.
O sol, a pino, brilha e aquece,
Como uma fotografia a mim parece
Daquelas que nos fazem recordar.
E por fim mergulha na linha do horizonte
E num tom vermelho-laranja traz a fonte,
Espetáculo que, sem palavras, faz chorar...
SEDNAN MOURA