ARDENTE MAL
Rio, 13 – 14/09/2011.
Agora, de novo segues... Na partida
Eu tinha os olhos vermelhos de tristeza
Cada lágrima brotava tão incontida,
Mas teu olhar transluzia gélida frieza.
Eras pedra, não te comovia a despedida,
Nem meu pranto que o chão bebia
E minh’alma que soluçava muito ferida.
Meu coração pulsava extrema agonia!
Esta paixão como fogo que só consome
E me fazia mergulhar em tantos lamentos
E como louco balbuciava teu nome...
Subitamente, porém, um relâmpago alumia
Então tive vista da paixão os fundamentos,
Era um ardente mal que minava e consumia!
SEDNAN MOURA