Efuturo: ARROGÂNCIA

ARROGÂNCIA

Rio, 25/05/93.

O homem abre a boca e fala,
O que está no coração põe para fora
Sem raciocínio, fora de hora,
Qual animal, não cala.

E fala no seu limitado entender
De coisas que não alcança,
Estriba-se, qual tolo, no seu saber.
Qual cego num abismo se lança.

É um derradeiro, um final,
Tem por senhoria a tolice,
É um discípulo de Nabal.

Fala! Fala! Sem raciocínio – animal,
Espelho de tolice,
Imagem e semelhança do mal.

SEDNAN MOURA