BRE... VE!
Rio, 02/04/92.
Há um buril na mão do tempo
E marca sem sentimento e lento,
As marcas que deixa não dói
São rugas que habilmente constrói.
O tempo é um destro escultor,
Um verdadeiro instrutor,
Deixa ao sábio ensinamento
Que a vida é como fumaça ao vento.
O tempo vi marcando,
Como o pêndulo do relógio falando:
Bre...ve! Bre...ve! Bre...ve!
Diz do pouco que está faltando,
Que sem pressa está chegando:
Bre...ve! Bre...ve! Bre...ve!
SEDNAN MOURA