Efuturo: CÁ DENTRO

CÁ DENTRO

Rio, 05/10/2011.

Estou aparamentado de todo o tédio
E da lembrança que foi a vida.
A saudade vem como rio – remédio
E as águas suaves cerram feridas.

As almas vivas e tão ativas
Os corpos, no tempo, quase mortos.
Os quereres como flores nativas,
Que vestem os pensamentos tortos.

Quem dera que asas tivesse
Para fazer voar o meu eu
E fosse como pássaro de arribação...

E se tudo o que no peito entristece
Colocar-se de fora como não fosse meu
Para dar limiar limpo ao coração!

SEDNAN MOURA