CICATRIZES
Rio, 19/04/2008.
Tantas feridas na alma carrego!
A casa me traz recordação amarga,
Que amei sem medida, não nego,
E o peso da paixão é minha carga.
Sangrei no coração o amor sem medida,
Estava como ébrio e dormente sofria,
Não me dei conta que ela fazia a ferida
E que quando dizendo me amar fingia.
Trago a alma tão arranhada e doída
Que se fez lago de recordações amargas.
Há um rio seco que mostra podres raízes
De uma vida que foi, sem dó, moída,
E suportou dores que foram tão largas,
Mas hoje são, apenas, simples cicatrizes...
SEDNAN MOURA