Efuturo: CORRENTES

CORRENTES

Rio, 03/04/2008.

Estou preso a ti por um amor doentio,
Não sei o que posso fazer ou pensar,
Desmoronam as paredes e sinto frio,
É castelo de areia que desfaz o mar.

E eu teimoso torno a construí-lo,
Eu só, e tu não vens para me ajudar;
E quando está pronto vens possuí-lo,
Teu amor parece como ondas do mar...

Este amor bloqueia meu raciocínio,
Às vezes, parece-me sair do real,
E tão forte é que perco meu domínio,

Deixa meu espírito e alma dormentes.
Quero livrar-me, parece-me um mal,
E destruir estas fortes e grossas correntes.


SEDNAN MOURA