DESEJO
Rio, 16/09/98.
Busquei no fundo d’alma
A razão por se ter tanto desejo
Tanto é o querer que tira a calma
E se afunda, submergindo, no ensejo.
Vidas aflitas deixam a realidade
E gastam-se por tanto desejar,
Desprovidas da pura maturidade
Nas suas mentes andam a delirar.
Desejam por simples desejar,
Mergulham em ávidos sonhos
Fazendo até os olhos marejar.
Desejos de almas sem luz
Que andam em constantes ronhos
Apartadas da Graça de Jesus...
SEDNAN MOURA