Efuturo: DESERTO

DESERTO

Rio, 25/09/92.

Terra calva e árida
Que o sol beija ardente
Sem vida aparente
No teu seio caudalosos rios.

A noite chega mansa
E te envolve no seu manto
O vento em ti se lança
Com gemidos e pranto.

Cobrem-te tempestades
Turvam-te nuvens de areia
E te fazem medonha e feia.

Terra de grande sequidão
Que o desejo abomina,
Mas que aos olhos ilude e mina.

SEDNAN MOURA