E EU DA JANELA
Rio, 04/08/1999.
Desponta o sol detrás do monte
E passarada desperta a cantar
E eu da janela bebo desta fonte
Que toda manhã vem me saciar
As flores molhadas do orvalho
A relva espalha seu verdume
O vento encurva o pé de carvalho
E tudo se farta do sol - o lume
A cachoeira, contente, a voz solta.
Todas as cantigas pelos campos voam
E nos vales em belos acordes ecoam
O céu, sorrindo, admirado se volta.
As nuvens mais parecem algodão
E eu da janela vivendo esta emoção.
SEDNAN MOURA