ÊNFASE SUTIL
Rio, 30/10/2008.
Agora sou como um livre pardal!
Fui rejeitado, humilhado e moído;
Havia desejo de ver-me destruído,
Mas voei como pássaro sobre o mal.
Recebi asas de águia para voar
E até as nuvens choraram comigo,
Tive os passarinhos como amigos
E estes calados, recusaram cantar.
Mas gaivotas gemiam com minha dor
As ondas só rolavam não havia sabor
Ria em espuma o mar, um riso inútil...
Com tom sombrio se foi o entardecer
Isto ensina que depois vem o amanhecer,
A vida continua, percebi a ênfase sutil...
SEDNAN MOURA