FIRULAS
Rio, 05/09/2005.
Trago a lanterna na mão
A buscar verdadeiros filhos
É por causa do apagão
Da moral fora dos trilhos.
A vergonha enterrada há dias,
Os fantoches fazem romarias,
Parecem-me atores ensaiando
Que se transfiguram interpretando.
Em cada rosto brilha inocência,
Espelhos puros de toda dignidade,
Limpam a boca: Não comi!
Abomináveis em demência,
Fazem firulas da realidade:
Não falei, nunca vi e nem ouvi!
SEDNAN MOURA