O SAGAZ
Rio, 22/07/1999.
O sagaz por mim anda a perguntar,
Sou vigiado como a mosca pela aranha,
Sou colocado numa inocente artimanha,
A sandice faz o vigia, sobremodo, delirar.
É cauteloso no seu modo de agir,
Traz no rosto “amigo” felino sorriso,
Agradar finge toda vez que é preciso
Só por prazer de sua vítima ferir.
Suas perguntas, delicadas, são ao leu,
Perfeito ser que vai morar no céu
E esquece do Juiz que julga com equidade.
Forja em sua mente somente iniquidade,
Fala ditado de coisas que podem cair
E um grande abismo, para si, está a abrir.
SEDNAN MOURA